sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Após redução de trens da SuperVia, passageiros reclamam de trens lotados e estações cheias


A empresa diminuiu a quantidade de composições em circulação, alegando queda de 40% no número de passageiros desde o início da pandemia.

BAIXADA - No primeiro dia de redução da operação da Supervia, nesta quinta-feira (5), passageiros reclamaram de estações e trens lotados.

A concessionária que opera o sistema ferroviário no Grande Rio reduziu as viagens alegando queda de 40% do número de passageiros desde o início da pandemia.

Segundo a empresa, a pandemia alterou o hábito de muitos clientes, que têm mantido suas atividades em casa, mesmo após o fim das medidas de restrição ao deslocamento.

Estação de Gramacho lotada após redução no número de trens
Foto: Reprodução/TV Globo

O Bom Dia Rio esteve em Gramacho, em Duque de Caxias, e viu a plataforma lotada. Passageiros afirmaram que os vagões já chegavam cheios.

"Com certeza essa redução vai atrapalhar muito. Sem ela, os trens já saíam lotado, nunca consigo ir sentada. Pego o trem de 6h e já vou em pé. Isso é um descaso com o trabalhador", afirmou Suelen.

"Desde o início da pandemia, há um total desrespeito por parte da Supervia em relação ao número de trens necessários. Há muita aglomeração, tanto nas plataformas quanto nos vagões, muitos vendedores ambulantes e passageiros sem máscara. Parece que a pandemia e o coronavírus já acabaram", descreveu o passageiro Renato Sales.

Novos intervalos a partir desta quinta-feira (5):

Ramal Deodoro - Santa Cruz:
Santa Cruz a Benjamin o Monte - 16 minutos
Campo Grande a Central - 11 minutos

Ramal Japeri:
Nova Iguaçu a Japeri - 15 minutos
Central a Nova Iguaçu - 7 minutos e meio

Ramal Belford Roxo:
Trens paradores - 25 minutos

Ramal Saracuruna:
Central a Gramacho - 12 minutos
Gramacho a Saracuruna - 23 minutos

O que diz a SuperVia

Por meio de nota, a Supervia informou manter a sobrevivência da concessionária, que vive exclusivamente da venda de passagens e não conta com subsídios do poder público. Ainda de acordo com a nota, a empresa registra uma redução de mais de 56 milhões de passageiros, o que resulta em uma perda financeira de R$ 247 milhões.

A nova grade de horários, com ajuste em todos os ramais, manterá a taxa de ocupação das composições abaixo de 60%, limite máximo estipulado pelo Estado e fiscalizado pela Agetransp. A empresa continuará cumprindo todos os decretos estaduais e a legislação vigentes.

Via: G1

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